O Enterro do cachorro
( romance popular do nordeste)
Mandou chamar o vigário:
_ pronto!- o vigário chegou.
_ as ordens sua excelência!
O bispo lhe perguntou:
Então, que cachorro foi
Que o reverendo enterrou?
_ foi um cachorro importante,
animal de inteligência:
ele, antes de morrer,
deixou a Vossa excelência
dois contos de réis em ouro.
Se eu errei, tenha paciência.
_ não errou não meu vigário,
você é um bom pastor.
a culpa é do portador!
um cachorro como esse,
Se vê que é merecedor!
(SUASSUNA, Ariano. Auto da compadecida. In Teatro moderno. Rio de Janeiro, 34º ed, 1999, 203 p.)
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